quarta-feira, 18 de janeiro de 2012

Perdoar ou parar.


Existem algumas relações sociais, nas quais são criadas conclusões artificiais e superficiais daquilo que podemos extinguir e denominar como oportunidade.

Faz tanto tempo que buscamos acolher o maior dos prazeres, ter o amor ao lado, se enlouquecer de felicidade em receber o telefonema de um amigo importante, ou até mesmo rezarmos para que o seu maior inimigo ou um grande desafeto pessoal simplesmente cresça, para que haja o bem dentre o mundo em que lutamos por educação e sabedoria.

É necessário algumas vezes, que saibamos compreender e contrariar nossa própria vontade. Dando para alguém o prazer e a oportunidade de receber um perdão. Poderá nunca adiantar, poderá sempre adiantar, ás vezes poderá sim ás vezes poderá não. Mas existiram mais mentes leves do que propícias a se engasgar e se perder perante as culpas e os sofrimentos de condenações dos verdadeiros bárbaros que não conhecem o dom do perdão.

Que possamos viver em uma grande harmonia, que, para aos malfeitores será o grande prazer em aniquilar qualquer relação social entre aqueles que vivem para o bem. Por ter em sua cachola, a negação, a culpa, o sofrimento e as mágoas e transtornos psicológicos; sentindo-se assim excluído de onde tem maior vontade de estar, que é entre aqueles que lhe poderiam proporcionar sorrisos, alegrias, reconhecimento de importância que geraria capacidade de reação, e conhecimentos que são além do dom do perdão.

Descobri que nada pode ser tão ruim quanto parece. E que a gente costuma ver nossos problemas como os piores grandes acontecimentos do mundo.
Mas não são.

As coisas são assim mesmo, ninguém faz nada igual a ninguém. Mas alguém pode fazer melhor. Alguém pode fazer diferente e tu vais gostar também. É seu dever gostar e aprender com aquilo que está frente aos teus olhos. Inveja não, fofoca não, aprender sim.
Elas vão aparecer para te ensinar, elas vão ir embora sem mais nem menos. E nós temos que absorver sem querer dominar ou alfinetar alguém por saber além do que sabemos.

Muitos dizem por aí - ou diziam - que sou frio por extrapolar nas palavras da racionalidade, invadir o mundo da razão e da compreensão da arte de ponderar o equilíbrio e a maturidade pessoal diante dos erros bobos que sei enxergar e negar a todo instante. De jeito nenhum, me tornei intolerante a pequenas crises de inveja ou falta de respeito. A dor é inevitável, mas o sofrimento é opcional. E leitores, nunca tive talento para auto-flagelação. Já tive meus sofrimentos, tive muitas decepções amorosas e grotescas brigas com meus melhores amigos. Eu já vi muita gente puxar o meu tapete, e tudo o que fiz foi avisar e avisar e avisar, e continuar avisando. Falei sempre aquilo que era verdade, sem querer o mal de ninguém, e jamais sem dar importância para um ser humano em fase de aprendizado. Fui por diversas vezes insultado. Fui travado por palavras de um verbo oculto, ameaçado por ter falado a verdade. Mas falei, e dei minha contribuição para aquele que ainda pode aprender. Se houve uma volta; se sim, se não, eu perdoei e perdoarei. Se eu convivi, mais uma vez, se não convivi, isso não importa.

Consegui perdoar, pois eu errei e erro diversas vezes, e aí? E aí eu corro atrás de um perdão, pois a melhor das coisas que aprendi com o perdão, é a do saber admitir os erros e ter a compreensão dos meus atos indignos e dos meus gestos ou palavras por muitas vezes malevolamente traiçoeiras e sem a minha percepção.

Sempre caberá a ti aceitar todos os dias algum abraço vazio de arrependimento ou um beijo amargo da indiferença. Isso é uma janela que se abre na cabeça daquele que pediu perdão e viu somente o vácuo dos dias mal vividos e das horas muito mal aproveitadas.

E daí que para essas horas de desassossego não resta mais nada se não se agarrar às certezas e aos desejos de que “da próxima vez vai ser diferente”, vai ser como queremos, ou bem próximo disso.

E não importa o tempo que isso pode levar, às mudanças sempre irão alcançar.

Entre os perdões, desapegos, sorrisos, filmes, textos, teatro, cinema, músicas, passado, presente e saudade, eu descobri que eu sou eu, e um pouco mais que isso.

Por isso eu escolhi e escolho perdoar.

sábado, 14 de janeiro de 2012

O silêncio dos sentimentos.


Levei anos incontáveis com minhas explosões sentimentais, que por fim não demonstravam nenhum controle nas suas ações. Mostrei a mim mesmo que não cabiam recursos possíveis para que eu não tivesse a necessidade de falar/demonstrar/querer/pedir ou desejar por algo. Assim me tornei e assim eu vivi até hoje, ou pelo menos até alguns dias atrás. A verdade é que descobri que sou diferente, eu mudei, e não sabia.

É bem difícil dizer isto, pois sempre pensei que nunca conseguiria fazer; ainda mais explicar justamente aquilo que eu tinha em minha cabeça como algo totalmente diferente.

Foi assim que hoje descobri que tenho a força suficiente para ponderar, manter a classe, estar ao lado da razão em momentos oportunos. Em alguns anos atrás eu despejaria as palavras sem pensar em nada; jogando assim os sentimentos ou mágoas para todos os lados; sem razão, sem pensar nas conseqüências, simplesmente sem saber o que estava acontecendo.

E hoje eu sei, sei que não devo, aliás, seria uma falta de respeito dizer sempre aquilo que se sente. Ouço conversas todos os dias, de muitas pessoas que motivam umas as outras a falarem, demonstrarem os sentimentos se assim se sentirem mais confortáveis e aliviadas.

Para todos, pelo menos para a grande maioria, existe essa necessidade de demonstração, dizer aquilo que lhe sufoca, por mais que saiba que isto lhe fará mal. Existe essa vontade imensa de tirar do peito aquilo que muitas vezes não se pode ter; desabafar para que ao menos não se sinta engasgado e deprimido com seus próprios sentimentos, ainda que exista uma grande intenção por trás de um simples desabafo ou comentário “não intencional”. Há um pequeno pingo de esperança.

Previsibilidade: é o que esperamos dos nossos sentimentos. Estamos errados porque não racionalizamos, nem mesmo pensamos em nós. Não sabemos realmente quem somos e cometemos algumas loucuras; como atos impulsivos e palavras usadas em diálogos benevolentes que nos envolvem a um ponto tão grande que não conseguimos mais sair. Perdemos o equilíbrio e entramos em uma estrada sem fim.

Assim não percebemos o quanto o “só acreditar” nos faz tão mal, o quanto o “somente querer sorrir”, às vezes nos traz mais tristezas e irracionalidades do que a própria dor.

Por este motivo que aprendi a não falar. Sinto saudade, sinto mágoas ás vezes, me sinto sufocado, vejo o que posso e o que não posso. Vejo que tenho muitos desejos e planos, algumas coisas acontecem, outras não. Alguns caminhos mudam de lugar, outros caminhos simplesmente aparecem sem que eu tenha planejado.

Porém aprendi a resistir a algumas tentações, ser forte o bastante pra manter a linha. Sei, e sei bem o que fazer. Tenho em mim a certeza de que faço o certo, por confraternizar meu respeito e minha maturidade com aqueles que me acolhem com grande importância.

Eu sofro sim, e dói muito. Eu queria dizer algumas coisas, mas sei que não devo. Simplesmente porque não podemos tudo, eu não posso tudo. Pelo menos não racionalmente.

Esse meu aprendizado não significa que as palavras que tenho aqui dentro da minha cabeça, que estão na ponta da minha língua, simplesmente sumiram. Eu só aprendi a ter autocontrole, e acredite, é muito difícil “fazer” isso acontecer; ao menos foi pra mim que sempre fui movido por sentimentos bons, dominado pela crença e pelas conquistas.


Vou explicar os motivos.

Algumas coisas são compatíveis somente com o tempo, e por alguma razão elas não nos deixam aprender no hoje, pois se fosse sempre fácil compreender tudo sempre, qual seria a finalidade de acordar todos os dias, não é mesmo?
Dessa forma eu guardo alguns apertos no peito, crio em mim um vinculo maior com meu pensamento, e continuo sempre agraciado com meu coração; puro e gigante, por me fazer acreditar e buscar o que considero importante pra mim.


Mas isso me consome muito, travar palavras e guardar alguns sentimentos. Não, eu não sou um poço de sentimentos ruins, nem mesmo estou explodindo por guardar isto tudo. Mas dou um passo de cada vez, aprendi hoje e não tenho essa necessidade de agir perfeitamente. Por isto escrevo, partilho com quem quer que seja esse fenômeno que é entender/assimilar/compreender e não ter o que fazer.

Tenho a esperança guardada no peito, a coragem e a bravura para ir atrás do que sei que quero. Tenho o medo e o equilíbrio, que me fazem fechar a boca e não dizer absolutamente nada. A maturidade me faz ver que estou certo. O coração está louco para que eu exalte e arranque de dentro de mim o que me deixa nervoso, aflito e por alguns momentos, angustiado.

Aprendi a caminhar com a mente, em um campo minado. Dou alguns passos certos, alguns passos errados; ás vezes caminho sem parar, ás vezes explodo com freqüência.
Nada que me leve à morte, pois caminho em um campo onde só existe o progresso e o aprendizado.

Mas o meu silêncio é a prova de que me sustento com tudo isso que tenho no coração. Compreendo o que sinto, e sinto o que compreendo. Quando for à hora de falar, ponderarei o possível para que haja todo um carinho e uma grande flexibilidade; pois o que guardamos é muito difícil de ser falado sem ser pensado. É muito grande a ponto de algumas vezes faltar coragem.

Mesmo assim, eu sei que aprendi, e quando for a hora, eu falarei. Enquanto isso...

...escrevo; para que entendas o tamanho e o significado de qualquer sentimento ou aprendizado.


"Manejar o silêncio, é mais difícil que manejar a palavra" ( Frase de autor desconhecido )

domingo, 8 de janeiro de 2012

Não basta somente acreditar.



Não bastaria somente a crença, a fé, a esperança para que consigamos sair do ponto de partida. Eu digo por mim, estou propenso a crença eterna. Não sei perder, nem descrer, acho que posso chamar isso de qualidade.

Fé que me faz caminhar, esperança que me faz levantar, crença que me faz agir.

Pego do fundo do coração a coragem para dar mais um passo, a força de vontade faz minhas pernas andarem em busca de algo que acredito. Tenho meus olhos para que eu veja para onde estou indo. Mas não, eu não sei para onde estou indo. Pois posso chegar, e quando chegar, eu vou dizer o que? Pensarei o que? Estarei no lugar onde quis sempre ir?

Eu penso que muitas pessoas absorvem e estimulam dentro de si uma grande obsessão pela crença. Fazem-se somente a viver de acordo com aquilo que seu cérebro lhe manda, não importando as situações e conseqüências ali presenciadas e vividas por qualquer ser humano vivente.

A crença nem sempre é o caminho da felicidade, da alegria e do sorriso...

Fim de amizades, manipulação, términos de casamentos ou namoros. Idéias atemporais e pré-moldadas, com o requisito e o propósito de um fim conquistável, mesmo que de uma maneira errada. É por isto que as pessoas se enganam, usam e têm pra si como significado de “Crença”, a bondade, o bem, a paz.

Não, a Crença não significa nada disso.. Ela nada mais é do que um desejo de conquistar, uma vontade grande de obter algo de muita ou pouca dificuldade, ela é viver confiante consigo mesmo, para que haja sempre força física e mental, para que possamos agir sem fazer mal a ninguém. Ela é a dona dos nossos passos, porém ela não é construída do nada, não contêm somente um elemento em sua estrutura, ela é montada por diversas categorias de importações, que são avaliadas de acordo com a grandeza daquele que a têm como estilo de vida, como bondade mental ou simplesmente como algum tipo de “necessidade” de “sugar a Deus”, e depois esquecer do seu devido valor. Crer e tirar vantagem são coisas bem diferentes.

Eu consigo acreditar que não vou morrer por um amor, não preciso me lamentar por uma ex-namorada que gostei muito e hoje se foi.

Eu também acredito que não me sentirei só por um amigo perdido, tenho a compreensão de que quem não foi leal a mim, não me fará falta. Eu não julgarei, mas eu ainda acredito que tudo mudará.

Se isso vai ou não mudar, não posso decidir e nem posso dizer, mas eu acredito. Eu acredito naquilo que faço, acredito fazer sempre a bondade diante daquilo que tenho como bem.

Gosto de citar a palavra “diretriz” em muito dos lugares que escrevo. Pois sigo esse tipo de diretriz em tudo que faço. Defino a diretriz como um englobamento de relações sociais humanas, que lidam com seus conflitos e laços existentes em sua totalidade. Pois eu acredito que haja possibilidades da melhora, seja ela pelo bem ou pelo mal. A intenção da bondade vem da crença, a crença essa que só serve para o bem, tem a minha definição de algo bom, e faz com que eu acredite nas minhas diretrizes, e ao fim de tudo acredite na minha própria crença.

O firmamento ao chão é crer no amor numa boa, e que isso valha para qualquer pessoa, e que isso signifique e demonstre o tamanho da força de cada coração, pois não há tempo que vá mudar ou substituir aquilo que o nosso coração acredita e sente todos os dias.

Por isso não basta somente acreditar, devemos ter conhecimentos naturais, vivermos as fatalidades, analisarmos com precisão as fatalidades da vida.

Julgaremos o que foi visto e logo após esqueceremos o julgamento, trocando-o pelo discernimento da compreensão fazendo com que tenhamos em nossa mente um infinito de informações e saberes, para que saibamos sempre, se podemos, e no que devemos acreditar.

Relembrando sempre, que todos nossos atos, crenças, palavras e atitudes, devem ser enaltecidas antes de tudo pelo “equilíbrio”, que é o que nos faz ter sempre dois lados de uma situação. Para que não haja um pensamento único e cego. Ele nos dá a possibilidade de enxergar as vantagens, os sorrisos e as alegrias. Ele nos dá a possibilidade de ver as conseqüências, sejam elas boas ou ruins, nos traz também ao lado negativo, para que saibamos que o ruim existe, que o erro é existente e é bem possível, e pode aparecer cedo ou tarde, naquilo que acreditamos, escolhemos ou simplesmente pensamos..

O equilíbrio nos traz o domínio da perseverança e das boas ações, ele é contemplado pela crença dos bons corações, e enraizado pela ternura e pelo apego da solidariedade

Isso te torna maduro o suficiente para que saibas escolher para que lado que irás caminhar e doutrinar sua crença.

Por isso não basta somente crer, não existe crer sem saber, sem querer, sem aprender, não se acredita simplesmente por querer acreditar, se acredita porque há um propósito na crença. Ela e como um controle remoto que a cada “click” te mostra um mundo diferente, uma nova visão, e uma certeza que existe um outro lugar, e um outro destino.

Que tu não se tornes apenas um crente mal acostumado, que não sejas somente um crente ofuscado pela soberania da crença pessoal e pelo medo de uma vida sem limites.

Mas que possas principalmente acreditar nas tuas próprias crenças. E fazer com que seus limites sejam além da capacidade de só acreditar. Mas que tenha a razão suficiente para compreender e se equilibrar diante dos seus maiores medos e crenças.

Mas ainda assim, aprender a acreditar.

sexta-feira, 6 de janeiro de 2012

Vomito as palavras, naquilo que não consigo dizer.



Aprendi assim a fazer as coisas, quando não sei escrever, eu estou vomitando as palavras. Isso aqui não é literatura clássica, não é crônica, não é artigo. Essas palavras são meus sentimentos, emoções, minhas dores, sofrimentos, meus choros, minha aflição e minha agonia.. Aquele gelado no peito e a sensação de explodir chorando, pedindo muito o abraço, o calor, o beijo e o sentimento de alguém...

E vomito sim, sem pensar apenas digo, apenas escrevo. Tenho esse sufoco interno que faz com que eu escreva, e escreva e mais uma vez escreva...

Eu quero dizer e não tenho coragem, descobri que por mais que eu queira tem pequenas coisas que hoje não conseguirei.

Porque não posso, não devo, eu não consigo.

E isso me machuca muito, porque eu queria conseguir, mas eu compreendo que as coisas são assim..

Eu jogo meus sentimentos, exalo o que me aperta, e trago para mim aquilo que quero, que é a motivação para sempre estar a frente dos problemas. Para combater, determinar e colocar ordenadamente nos seus respectivos lugares...

Mas eu amo e não sei dizer, eu quero e não sei dizer. Eu entendo e também não sei dizer. Sim eu também compreendo, e compreendo muito, mas também não sei dizer...

Eu choro ás vezes deitado a noite ou quando escrevo algo assim. Mas eu não sei dizer...

Eu te vejo, te imagino, queria a tua companhia, mas eu não sei pedir, eu não sei tentar, não sei largar essa covardia, porque eu aprendi a conquistar certas coisas, e hoje eu tenho medo de perder o que conquistei, mesmo não sendo aquilo que quero...

Algumas coisas eu ainda não aprendi, e eu sei disso, mesmo que veja, é difícil agir quando não se há experiência.

Mas eu não sei te dizer.

E é por não saber dizer, não saber o que fazer, que insistentemente eu tento escrever. É com o lado negativo que ás vezes nós aprendemos a seguir em frente.. E foi com esta palavra que tu me ensinaste, e me explicaste todo significado, que todo esse texto nasceu.

Da palavra "vomitar/vomitasse/vomitou" eu despejei aquilo que me ensinaste outro dia...

E sem pensar, sem colocar ordem nas coisas, que eu vomitei todas estas coisas.

Porque não sei pensar, nem dizer nem expressar isso de qualquer forma, sem sentir por dentro algo que eu também não sei dizer.