terça-feira, 4 de dezembro de 2012

Até você perceber.




Percebi mais carinho, percebi mais afeto, percebi sorrisos perdidos, percebi lembranças, percebi memórias, percebi tantas outras coisas que não sei dizer. Percebi abraços; percebi momentos; percebi gritos; percebi choros; percebi conversas; percebi todo o contato físico e visual possível entre os seres que antes não vinha a perceber.

Percebi saudade; percebi que sou e posso ser mais; percebi que devo mais; percebi que sinto mais; percebi que não devo brigar; percebi que devo mais sorrisos; percebi que devo mais felicidade e alegria; percebi que muitas vezes não deveria e nem devo reclamar; percebi a dor e o sofrimento de muitos.

Percebi coisas que posso perder; percebi coisas que ainda estão ao meu alcance; percebi que devo me cobrar mais, mesmo que me cobre sempre todos os dias. Percebi que pessoas vão e vêm; e que não somos donos do mundo para que tenhamos ao lado tudo o que quisermos; por isso existe a palavra momento, saudade, lembrança e memória. Para que sintamos e para que possamos partilhar desses sentimentos que ora podem ser bons e ora podem ser ruins. E só depende de você escolher o que sentir, com muita luta.


Eu senti, eu percebi. Eu sou privilegiado. Graças ao bom Deus, posso dizer que tenho o necessário; tenho a base e tenho o suporte para seguir com paz, amor e alegria.

Mas acima de tudo percebi o quanto todos nós jogamos coisas fora, atiramos a cada passo oportunidades no lixo; andamos a chutar possibilidades; andamos a encarar e até mesmo a agarrar novas e boas situações; mas a jogamos todas fora.

Quantos “oi´s” você negou, quantas vezes virou o rosto para alguém? Quantos foram os abraços que você deixou de dar por medo ou vergonha? Quanta gente você perdeu por birras momentâneas e por não saber lidar com o seu próprio orgulho?
Quantos momentos você deixou de curtir; de aproveitar; quantos sorrisos escaparam; quantas pessoas se distanciaram, e quantas coisas aconteceram que você nem sabe o porquê disso ter acontecido?

Porque você deixou ir? Porque só agora? Porque tantas coisas só agora?

Temos pena, temos compaixão, temos carência, temos carinho, temos amor, temos a idéia de sermos únicos e exclusivos no que sentimos. Temos a razão e a certeza de que somos bons e de que nada do que deixamos para trás era para ser nosso.

Até você perder alguém.

Aí você pensa. E só a partir daí é que você começa a pensar; você começa a sentir e você começa a perceber.
Só aí você terá vontade de reverter amizades e situações.
Tentará apaziguar guerras do desamor entre você e seus amigos.
Gostará e terá o prazer de superar as diferenças e os conflitos entre as diferentes tribos escolhidas por seus amigos antigos que naturalmente a vida fez com que você acabasse em outro destino; que foi naturalmente escolhido por você e por eles também.

Você acaba percebendo que você pode se amar mais e que você pode conquistar o que é dito como inconquistável/impossível/improvável. Você percebe sempre mais o seu valor e lida muito mais com as suas benfeitorias.

Você releva/reflete os seus erros diários; você saboreia mais a refeição feita pela sua mãe. Você trata sua mãe melhor. Você é mais feliz, você não é mais triste pela morte de alguém.
Você é feliz sim, pois você está aqui e você é feliz com o que você tem, pois você pode até reclamar, mas não deverias; pois das mais belas proezas e prazeres possíveis; és aconchegado e cristalizado por um mundo de informações e conquistas materiais que parte daqueles que te criam; que jamais terá motivos para que o reclame de barriga cheia aconteça. Sem generalizações, há quem possa e há quem não possa sorrir com o que têm. Sem julgar superior ou inferior, mas Deus deu uma vida para cada um de nós.

E depois..

Depois que você perde alguém, você sente mais pena do mendigo na rua, sofre com o frio da jovem criança atirada contra o canto de uma marquise para se esquivar da dor e da agonia da noite que o deixa com uma sensação de insuportável.

Você sente pena do deficiente que jamais terá oportunidade de trabalhar e é abandonado pela família que não se importa; vive na rua de esmola por não ter um membro do seu próprio corpo.

Você sofre com a miséria, você sofre com a carência; você sofre com a falta de solidariedade; com a falta de humanismo; você sofre com o frio; com a fome; com a rua; você acaba sofrendo por tudo que hoje é “tão normal, tão banal”.

E você começa a sofrer realmente por tudo, você sofre por coisas que jamais imaginara sofrer.

Mas você sofre. Porque apesar de tudo, uma parte de ti sabe que perdeu, e que mesmo que não haja culpa, lá dentro percebemos, o quanto erramos e podemos ser ruins com os outros. Percebemos quanto tempo estamos perdendo e percebemos quantas pessoas deixamos ir embora; percebemos que só perdemos em querer sentir por orgulho e convicção de “princípios e conceitos ideológicos”; a mágoa, o ódio, o rancor, a tristeza, a solidão e os demais sentimentos que nos afligem e que nos deixa enraizados de sentimentos infelizes, maldosos, tristes e ruins.

E realmente só perdemos, até que percebemos.

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“Ainda é tempo de voltar atrás, o homem criou o relógio; Deus criou o arrependimento; a admissão e a mudança”

"Só não tenha vergonha de ser quem você é, pois quem você é; é o que vai levar você a sua própria felicidade" 

"Aproveite as oportunidades que lhe são dadas, elas são únicas e certas para os momentos"

quinta-feira, 29 de novembro de 2012

A essência do início.




O início é o meio que temos para conquistar, o início é o temos para absorver aquilo que queremos para prosseguir. O início é tudo aquilo que nos é dado para a felicidade. O início é aquilo que é chamado por oportunidade. O início é a chance. O início é a mudança.  O início é o meio, o início é o fim. O início é o início, onde pode existir o meio, mas nunca o fim.

Quando você inicia algo, você só planeja o depois, você só quer que o início de tudo seja perfeito e contemplado com as razões certas e corretas, denominadas da boa escolha e exatidão para que o pensamento do futuro breve e feliz, seja o maior prosperado da sua mente e do seu coração.

Você acaba sempre pensando mais no futuro do que no presente. Você planeja mais, você sonha futuro, quer, imagina, deseja, chora e sofre por antecipações.

Você acaba esquecendo o início porque você tem medo de perder o depois. Você esquece que é o agora que você deveria oportunizar em sua vida.  Mas você não faz por maldade. Pois há um exemplo nobre a ser debatido.

Você encontra um ser raro, você encontra um alguém que jamais imaginara encontrar, e, que dentre todas as pessoas do seu ciclo de amizades e influências, ela é a pessoa na qual consegue tocar seu peito de uma forma que nem mesmo você consegue dizer.

Você acaba se achando um oportunista, um sortudo, você acredita em você.
Você olha para si próprio e você está feliz. Você está convenientemente alegre, você tem sorrisos, você ama e é amado. Você consegue desfrutar de alguém que pensa igual a você, que sonha como você e que tem os mesmos princípios.
Você desfruta de algo que nunca viu, você tira os pés do chão e você começa a voar. Você chega a pensar: será que isso tudo realmente está acontecendo?

Você enxerga seus sonhos em outro alguém, você vê o lar, a família, os filhos, a esposa, a dedicação profissional e os sorrisos futuros, dentro dos olhos e da cabeça de alguém.

Como irás se sentir? Qual o tamanho e como medir sua felicidade? Você partiu para uma nova decolagem, você está no céu, absorvido pelo dito “inexistente ou raro”

Como irás transformar o seu início em meio e fim. Aliás, fim não é uma palavra que você se agrada muito em dizer, pensar, querer.  O fim não existe pra você. Você tem uma dignidade de grande expressão, você é orgulhoso de você e você quer o infinito enquanto vivente terrestre.

Mas novamente você acaba pensando no dia de amanha.

E não importa o que você faça, por mais sensato, coerente e provido de maturidade que você tenha e seja; você só quer ser feliz. Você só quer o “querer” e você só deseja o “nunca perder”.

Pois você é feliz. Você é dono do seu coração e independente dos pés no céu, você tem amor próprio e você exigiu de você o necessário e o conveniente para que pudesse sorrir dia a dia. Você não tem o que reclamar, pois independente dos fracassos, perdas, derrotas, brigas, crises, confusões, você sabe que o essencial não se explica, não se diz, não se toca, não se mede e nem se compartilha.

O essencial você pode olhar. Você pode sentir e você trava quando na tentativa do inexplicável. O essencial é o hoje, o agora, e é a partir desta essência que você percebe que você também vive o hoje.  É a partir desta essência que você acaba vivendo uma alegria e uma percepção do que foi encontrado e conquistado.

Você agora quer proteger o que têm. você quer confortar e rever todos seus conceitos e você quer desfazer ou corrigir os erros e as decisões tomadas.

Você quer se redimir dos fracassos, você quer se perdoar. Você começa a admitir os erros e os passos dados para lados contrários. Você quer ser perdoado, você quer o mesmo esforço mental e espiritual que você tem pela pessoa amada.

Você quer aprender.  E agora você quer aprender muito mais do que aprendia antes de perceber a essência do início do amor.

Você quer e tanto quer; que você acaba pensando demais, você nem mesmo sabe o que fazer. Mas você já deu um grande passo, você aprendeu a pensar mais, você aprendeu que nem tudo deve ser como você quer, nem tudo será como você quer. Você aprendeu que você deve cuidar e observar milimetricamente os gestos, as atitudes, os traços e as palavras do seu/sua companheiro/a.

Mas no fim de tudo, você adquiriu a percepção da essência.
Você se viu mais maduro e não teme mais a si mesmo, pelos erros e pelos passos mal dados.
Você hoje quer mais o seu amor. Você quer um beijo e um abraço. Você quer gritar o mundo, para que saibam o que você sente.

Você quer dizer e estampar nas rádios e nos jornais o quanto você ama o amor, o quanto você ama a pessoa amada.

Mas você não o faz, pois você só precisa chegar frente à pessoa amada e seguir dando início ao início.  Dizendo milhões de eu te amo, sem conseguir tirar do peito o sentimento que não acaba mais.

O que você faz nunca é suficiente.  Nunca dá para despejar, extravasar, liberar todo o amor do peito de uma vez só.

Ele é grande o suficiente, para que você tenha que fazer isso todos os dias.

Isso é o início da essência do espírito do amor.

Isso é o início.

quinta-feira, 22 de novembro de 2012

Orgulho do que tenho.





Quantas vezes eu me vi ofuscado pelo desamor. Quantas vezes eu me peguei em meio ao anti-sentimentalismo puro que é um forte artifício do “pequeno cidadão”.
Como é difícil viver em um mundo soberbo de desapego e ingratidão. Como são raras as opções e oportunidades de alegria e de felicidade. Como são poucas as vezes que conseguimos nutrir de nós mesmos esses pensamentos reflexivos e perceptíveis ao assunto que aqui se encontra.
Qual a forma de distorcer o que está torto? Qual a forma de enganar os olhos, a mente e o coração da sagacidade maldosa do mundo alheio? Como desviar da atenção incoerente e insatisfatória da inverdade, da vergonha, da falta de honra e da falta de liberdade? Como saber se posicionar diante do castelo da ingenuidade? Como se posicionar frente ao exercito brilhante, com a luz que é vinda da sua tristeza, da sua mágoa, que é vinda da sua infelicidade gerada pela divindade do mal.

O mal, o bem. Não é superficial, não é magia, não são contos, não existe tamanho surrealismo para demonstra tal fato. É aquilo que Deus nos dá. A vida para que aprendamos de espírito a ser quem somos. De uma forma cada dia mais nobre e totalmente espiritual, para que sejamos sempre agraciados em outra vida, pelas bondades feitas no hoje. E que no hoje se aprenda os erros do ontem.
É assim, será assim, sempre foi assim.

Portanto há formas mais significativas e especiais de entrelaçar proezas sentimentais diante os divinos terrestres.
Quando postos ao mundo, somos sujeito a uma estrada de lamentações, superstições, pensamentos, positivismos e declínios vitais. E com a vida, estamos lado a lado com o livre arbítrio. Estamos em uma fase de aprendizado, locomovido por amor fraterno, por amigos, e, por tudo aquilo que absorvemos no sentimental ou no material.

Temos a oportunidade de aprender, de nos auto-educar. Temos as dificuldades, as facilidades. Cada um com sua vida. Deus a deu e o que resta é persistir para que não haja perdas e derrotas constantes. Há sempre um lado puro, mesmo que haja o desamor.

O desamor é independente. O mundo não entra em você, você entra nele. Você é aquele que vai escolher se terás educação, se terás opinião, se serás manipulado, se serás amado, se dará amor, se dará a vida em geral, com sentimentos opressores ao tamanho da desilusão das insignificâncias hoje existentes pela maioria.

Você tem o poder de adquirir amor próprio, você tem o poder de adquirir certeza, você tem o poder de adquirir uma própria briga, para que haja uma luta pelos seus ideais. Você é você e ninguém pode ser ou moldar você.

A partir do amor próprio, você adquire solidão, você adquire carência e exigências. Você adquire o sofrimento e o choro, a mágoa e a desilusão, a decepção e a tristeza, a agonia e a aflição. Você começa a se machucar, você começa a sentir dor. E você começa a se sentir culpado pela maldade alheia. 

Você não se dá conta de que quando o amor chega, o seu amor próprio chega. Você traz junto às fragilidades, os pontos fracos.  Você traz consigo a pureza, a ingenuidade, a benfeitoria, você traz consigo a paz, o sorriso, a alegria, a felicidade.

E você é você. E por ser você, você pode ter o que quiser, ser do jeito que quiser, conquistar e jogar fora o que não lhe for conveniente.

Por eu gostar de mim que comecei a exigir, a buscar, a não querer que o maldoso se aproximasse de mim. Eu me convenci de que nada do que eu fizer de errado eu receberei em troca.
E por gostar de mim aprendi a escolher e pegar na mão de pessoas maravilhosas. Aprendi a escolher com clareza e exatidão quem deveria estar ao meu lado.

E tanto eu busquei. Pois sabia que persistir no querer era o item fundamental para que se conquistasse o desejado.
Para que todo o seu sonho tenha valor, e para que valesse a pena ter percorrido tamanha estrada.

E tanto busquei que encontrei. A verdade é que não vemos histórias de amor, histórias de um final feliz, somente em filmes.
Vemos e apreciamos a felicidade em um livro, em uma televisão, em uma tela de cinema, em um teatro. Porque não conseguimos apreciar o amor verdadeiro do amigo que está ao seu lado? Ou porque não conseguimos apreciar a história sofrida de alguém que conseguiu com muita luta, sem desmerecer um pouco o que ela é e fez por isso?

Mas o que importa é o que fizemos para nós mesmos. Com o merecimento e a sabedoria essencial para se fortalecer diante de si mesmo. Diante das derrotas e das vitórias, das conquistas e das perdas. Somos donos do nosso próprio arbítrio. Somos donos de nós mesmos.

O que importa mesmo é o que se consegue disso tudo. Mesmo que haja tristezas e sofrimentos; tire o aprendizado da derrota. Nunca a melancolia eterna por não ter conseguido algo do seu agrado. Sempre um passo a frente, o choro da dor, e no outro dia a consciência tranqüila do refazer, para que seja cada dia melhor de corpo e alma.

É assim que busco, aprendo, conquisto, tento, erro, peco, persisto, insisti, perco, ganho, me sinto orgulhoso, digno, vitorioso, me sinto derrotado, ofuscado, triste, deslumbrado, iludido, aflito, angustiado, infeliz, feliz, alegre, sorridente, empolgado e sonhador.

Assim que conquistei meus amigos, minha família, minha namorada e aqueles que estão ao meu redor.

Todos com a sua real significância.

No melhor dos significados fica aquele mais compatível com você, com nós.  Você se vê mais sozinho? Você se vê como alguém mais carente? Como alguém que prefere viver só? Você prefere somente o carinho especial dos amigos? Você prefere a companhia ao lado todos os dias?

Eu prefiro assim, amigos e amor. Muito amor, pois não sou adepto do desamor, da falta de paixão, de carinho, de romantismo, de atenção, do anti-socialismo, do desapego, do anti-sentimento. Não sou adepto da frieza, do rancor, da dureza, da secura.

Sou adepto dos valores pessoais amorosos, compostos pelas atitudes naturais de compostura física humana e abstrata.

Dessa forma faço minhas escolhas, dessa forma reconheço o melhor de mim e o melhor das pessoas.
Dessa forma tenho o que tenho. E sem o direito de reclamar.

Tenho o que me faz bem e feliz. E sim, sou frágil e vulnerável. Positivista, otimista, sonhador e dedicado.
Invejado, verdadeiro, autêntico e completamente apaixonado.
Gosto de ser o tipo “Se Curvar Jamais” e esquecer essa história superficial e manipulável que é a de ser igual a todos. Ou ser banal por utilizar tais argumentos e/ou atitudes.

Gosto de transparecer alegria, sem medo do que vão dizer ou pensar.
Aliás, qual o meu medo? Qual o seu medo?

Quanto mais amor, mais força. Chamam o amor e os sentimentos puros de irracionais. Chamam os secos, frios e duros de “realistas, racionais, pés no chão”.

Como pode o maltratar alheio e a falta de amor, ser prosperado como de forma racional e sensata?
Tratar alguém mal, ser frio, duro, seco, é certo? Realmente isso é correto e racional?

Não importando minha pureza, o que adquiro e me vangloria por luta e persistência do meu divino espírito independente. Mas me orgulho dos meus sonhos, das minhas conquistas.
Eu me orgulho de conquistar amor, carinhos, beijos, abraços, mimos, café da manha, sorrisos, cuidados especiais, olhares, toques, cheiros e quaisquer que sejam os sentidos que nos deixam tão belos e brilhantes por dentro.

Eu me orgulho todos os dias de poder acordar com o cheiro da pessoa amada.. Eu me orgulho de olhar pra trás e me deparar com o que tenho, com o tamanho da luta que tive que enfrentar para ter o que tenho.
Tenho um grande orgulho do cheiro, que é inesquecível e me dá saudade quando estou longe.
Tenho orgulho de ver dormir, confiante, aconchegante, confortável, protegida e entregue completamente aos meus braços

Eu tenho orgulho de sentir amor, de sentir felicidade, de fazer o que quiser com o intuito sempre de aprender e ter ao lado o que me é tão conveniente para o coração.

É orgulhoso a companhia, o cheiro, o cabelo, a roupa, o jeito, a boca, os traços, os olhares, as pernas, os pés, os beiços,  os abraços, os beijos, até mesmo as coisas ruins como a tristeza e a dor, a mágoa e algumas vezes a solidão; pois são nestes momentos que posso amar pelo lado triste. Sou amor com alegria e tristeza. Saúde e doença, até que a morte nos separe.
Não importa casamento e nem juro somente em cima de um altar. Posso cuidar antes mesmo de “jurar”, posso dar carinho, amor atenção. Posso fazer e refazer coisas sem promessas, pois não me baseio no dito social para que eu siga uma regra geral, que hoje é ofuscada e tristonha. É advertida pela vida infeliz e insatisfeita dos que aqui vivem na terra.

Dou os melhores condizentes da alegria a quem quiser. Se certo ou não, erro fazendo o puro e o ingênuo. O correto e o prazeroso.

Sim, talvez seja irracional muitas vezes. Mas melhor assim, sem razão e com amor a mim e ao próximo. Do que com uma “falsa razão” e sem amor e sentimentos no peito. Ao menos recolhidos para um consciente muito distante..

Orgulhoso de dizer a algumas pessoas que amo.
A família, aos amigos, e ao amor.

Mas orgulhoso do que tenho e conquistei ontem. E orgulhoso de continuar conquistando todos os dias. Pois é preciso sempre conquistar, a vida inteira, sem cansar.

Orgulhoso de te ter ao meu lado. E que dentre todos os aprendizados, razões, experiências, visões; que dentre todos os sofrimentos, derrotas, vitórias; que dentre o meu jeito puro e inocente, te conquistei.

Orgulhoso de dizer que sinto e tenho um amor.
Orgulhoso.




"Para realizar grandes conquistas, devemos não apenas agir, mas também sonhar; não apenas planejar, mas também acreditar."

segunda-feira, 4 de junho de 2012

Sentimento novo ou pensamentos demais?





Pensei em como me controlar, pensei em como agir, pensei em como fazer correto, pensei no que falar para que nada fosse pronunciado de forma errada e contraditória. Pensei que deveria usar em excesso toda a minha educação, pensei que pudesse ser possível falar sem pensar, pensei que pudesse não pensar e logo agir para que fosse praticado o que tanto usei e uso na teoria.

Pensei que deveria abraçar-te, beijar-te, olhei e vi a cena, somente imaginei. Pensei em fazer-te um carinho, soprar-te o ouvido e chamar-te de meu amor. Pensei em dizer sobre a saudade que senti nesse tempo, pensei em dizer o que sinto agora em meio a este abraço, até que chegasse ao fim.  Pensei em te chamar na rua, sair e deixar o medo de lado e agir como um homem de verdade, usando totalmente a prática da atitude e a agilidade rápida de locomover e transformar uma situação.  Pensei tão somente que nada o fiz.

Eu pensei...

Tanto pensei e como penso, e ainda não sei dizer o que quero dizer. É tão rebelde o sentimento que tenho, é tão intenso positivamente e me deixa em êxtase total, que nem mesmo consigo derivar palavras que descrevam qualquer sensação do que penso.

Tudo o que pensei e o que imaginei; tudo o que eu queria eu não fiz. Eu me enchi de pensamentos, ouvi o medo e ao mesmo tempo ouvi a razão. Por alguns momentos pensei e sempre penso que alguma força sobrenatural ou até mesmo o senhor Jesus Cristo está me guiando. Eu nunca sei, realmente não sei se perco ou se ganho com minhas decisões. Pelo menos não quando falo de amor.

Será que penso demais e deixo escapar algumas coisas pela lentidão ou pelo medo? Ou será que faço o correto e a razão é quem domina minhas ações e me faz acreditar que o justo e o correto são o tempo, a persistência e a paciência da espera, para que o bem seja entregue a mim de forma tão pura e concreta?

Justo eu, que sempre prezei pelo prazer e pela satisfação da racionalidade, justo eu que sempre levei a ponto de faca a sensatez das palavras bem elaboradas e do diálogo autêntico que já nem se encontra mais por aí.  Justo eu, hoje, não sei dizer se o que fiz ou o que faço é racional ou emocional.  E justo eu, não sei o que me guia.

Como medir o tamanho do que sinto e como medir o quão boas ou ruins estão sendo minhas ações?  Como tirar essa incerteza de mim? Como me deixar aliviado e fazer com que eu esqueça os meus anseios?

Será que estou pensando demais? Ou será que o sentimento está se sobrepondo a minha própria razão, que ontem ainda era considerado o meu domínio e a minha filosofia de vida na condição e nas minhas perspectivas de futuro e crescimento diante da sabedoria e da dignidade que busco em mim no dia-a-dia.

Deus sabe o que estou sentindo. Ele vê a verdade, ele vê os medos, as angústias, as aflições, as forças, as batalhas diárias com tudo o que vivo e convivo. Ele me mostra o quão grande e comprida é a batalha para uma grande conquista. A conquista que constitui no seu interior; o valor, a honra, a glória, a felicidade. O ardor e o suor de uma batalha é o que mostra o quão difícil é vencer, o quão difícil é dar mais um passo, o quão difícil é não desistir e não chorar, o quão difícil é prosseguir e ainda olhar pros lados para ajudar seus irmãos, o quão difícil é ter força de vontade e coragem para suprimir e matar no peito algumas barreiras, algumas dificuldades e algumas derrotas que possamos vir a ter nessa tão difícil e dramática batalha.

Eu não quero que ninguém entenda, não quero que ninguém compreenda. Mas se compreender, melhor. Se entender e for bom com as palavras, por favor, me explique.

Parece piada ou pesadelo. Posso transformar um amor simples e seguro em uma ruína e posso transformar o mesmo amor em um pesadelo sem saída e totalmente confuso pelos meus milhões de pensamentos.

O que falta? O que não tenho agora e que me faz sentir no peito o aperto do indecifrável? Sei que sinto saudade, mas eu penso que sempre soube o significado de cada sentimento, mesmo que ainda não tenha sentido. Entender o seu significado é sempre bom para que houvesse compreensão de meus sentimentos e para que houvesse a compreensão do sentimento alheio.

O que me deixa intrigado é que o racional me manda mensagens e perguntas que me deixam na dúvida quanto a essa definição e essa prática da saudade.  Realmente não posso dizer se já senti alguma vez na vida saudade. Saudade de amor. Talvez isso nunca tenha acontecido e talvez isso seja o motivo da minha insônia e da minha falta de explicações para quaisquer que sejam as perguntas ou dúvidas internas.

A única certeza que tenho é que quando estou ao teu lado, nada sinto. Não há medos, não há aflição nem qualquer derivado do ruim, do triste e nem mesmo do errado. Não há qualquer tipo de sentimento que me deixe para baixo.
A única certeza é a do sorriso, do conforto, da alegria, do prazer, da satisfação e da proteção.
Talvez tenhamos tido pouco tempo ainda, para que fosse jogado para fora todo o amor e o sentimento que está se acumulando dia após dia. 
Talvez a espera e o momento que sempre vibro em chegar, me deixem em estado de transe a ponto de que eu não consiga agir por julgar de forma ímpia e extremamente grande a importância do que esta frente a meus olhos.

Não há medos ao teu lado, nem conflitos. Não há desespero, nem devaneios do que pode dar errado. Não há coisas mal resolvidas.
Só há algumas palavras não ditas, alguns pensamentos que só querem o benefício e o total prazer de amor e educação pela situação vivida e desejada por mim, como de forma subliminar e extravagante, a ponto de não saber dizer o que é o valor da concretização daquilo que está sendo criado ao teu lado.

Existe o sólido, que me traz a segurança e deixa meu coração leve e sereno; aliviado com tua presença, teu corpo físico e o teu todo, dos pés a cabeça. Tuas palavras, tua educação, teus olhos, teu cabelo, teu sorriso, tuas roupas, teus gestos, os teus olhares para todos os lados, tuas maneiras e os teus valores. É tão grande o que és, é tão grande o que tens de especial e é tão grande o que eu sinto; que essa combinação de fatores e meu amor por ti, fazem com que eu utilize do supremo-respeito em todos os aspectos e use de forma tão racional minhas palavras quando conseguem ser ditas e/ou escritas.

Longe de ti eu sinto isso, que nunca tinha sentido antes. Talvez tenha descoberto, e talvez eu nem saiba ainda dizer se é bom ou ruim, porque como disse, nunca senti antes. 

Como todo racional, por amor e por certeza de um bom futuro eu esperarei, assim, como sempre esperei todo este tempo, para que o tempo e o meu crescimento me digam o que estou sentido agora.

O que será? Será mesmo que pensei demais enquanto estive ao teu lado? Será pouco tempo para desafogar e explodir com os sentimentos que aqui estão guardados.  Dessa forma aprendo, dessa forma tão paciente e duradoura eu te amei e senti tantas coisas novas.

Mas pela 1º vez senti algo que ora é bom, ora é ruim. Ruim pela distância, pois com a tua presença eu não sinto nada disto.

Eu só não sei o que é. Será amor, será saudade? Ou será que simplesmente penso demais?
Se souber, por favor, me diga.

segunda-feira, 19 de março de 2012

O sonho de acreditar em sonhar.




Penso quando estou escrevendo, penso quando estou lendo, penso quando estou caminhando, penso quando estou chorando, penso dormindo, penso acordado, penso até quando não penso em nada, penso quando falo, penso quando quero, penso quando não consigo, penso quando não faço o que quero.

Passo na rua e as pessoas estão me olhando. Algumas se perguntam o que posso estar pensando, outras não pensam em nada e algumas outras pensam que não tenho cara de um pensador interessante, daqueles que pensam em coisas importantes ou valores muito especiais.

Quando caminho, estou pensando no que todos pensam, penso o que faz aquela mulher sentada com um livro na mão, desconcentrada com o barulho dos motores dos carros no trânsito e me olhando disfarçadamente, assim como olha o movimento da rua inteira e das pessoas que estão em suas cotidianas e rotineiras vidas.

O que será que ela está pensando? Ou melhor, porque ela está aqui? Porque não está em casa? Será que está em um dia bom? Será que o meu caminho hoje é melhor que o dela? Será que está esperando alguma carona? Será que ela tem perspectiva alguma ali sentada? Mas quem ela é? O que ela é? O que ela faz?  Como posso saber se nem a conheço? Apenas penso e sigo calado, pensando em tudo o que olho, em tudo o que ouço, em tudo o que toco ou que sinto o cheiro ou gosto.

Meus pensamentos são sonhos, preocupações. Às vezes são simples pensamentos vagos, às vezes reflexões, às vezes meus pensamentos me levam a pensar com a cabeça, às vezes me fazem pensar com o coração. Desta forma oscilo entre a felicidade e a decepção e meço a quantidade de alegria e tristeza em meu coração. Porém sempre me permito acreditar que além das maldades interiores dos pequenos e frágeis corpos físicos que me rodeiam em minhas tarefas diárias e que também penetram meu pensamento e meu sentimento com suas alusões mortíferas e sanguinárias, e que insistem em trazer consigo seus gestos e suas palavras sutis que causam a insatisfação e o incômodo do mal estar; eu me permito acreditar que há sempre a possibilidade de sonhar com a mudança de atitude e da melhora que queremos ver para nós mesmos. E é este sonhar que me faz caminhar todos os dias, esse sonhar me faz sorrir, me faz olhar, me faz dar cada passo com uma sensação de vitória, de busca, de honra, de glória.

Estou sempre caminhando, mesmo que eu esteja parado, sentado ou até mesmo deitado.
Minha mente caminha sempre em busca de inteligência, aprendizagem, sabedoria, ela caminha atrás da razão de aprender a dar passos certos.

Meu coração se junta a minha mente e se obriga a dar o exato, o certo, o correto, já que à sua frente esta plantada à divindade da racionalidade, para que te faça compreender que o sentir, o caminhar e o sonhar são passos dados com o pensamento de que é possível conquistar, e de que a conquista é feita de afirmações, negações, muitas vezes dificuldades, algumas facilidades, barreiras, adversidades, sentimentos fortes, pensamentos convictos e alguns até decepcionáveis. Mas é mais importante ainda saber que para sonhar é preciso caminhar, para caminhar é preciso sonhar, e para juntar a mente ao coração é preciso aprender que devemos sonhar e caminhar ao mesmo tempo em que buscamos a razão para acreditar que é possível sim, sonhar.

O meu sonho é saber que conquistei e mantenho no meu pensamento a possibilidade de sonhar. E por esta conquista e por esta crença obrigatória que é a de sonhar, é que posso dizer que caminho sonhando e buscando sem temer e nem descrer de algo que quero, que desejo, que manifesto todos os dias como conveniência para minha vida e para a minha felicidade.

É preciso pensar, é preciso caminhar. É preciso acreditar que se pode sonhar.

quarta-feira, 18 de janeiro de 2012

Perdoar ou parar.


Existem algumas relações sociais, nas quais são criadas conclusões artificiais e superficiais daquilo que podemos extinguir e denominar como oportunidade.

Faz tanto tempo que buscamos acolher o maior dos prazeres, ter o amor ao lado, se enlouquecer de felicidade em receber o telefonema de um amigo importante, ou até mesmo rezarmos para que o seu maior inimigo ou um grande desafeto pessoal simplesmente cresça, para que haja o bem dentre o mundo em que lutamos por educação e sabedoria.

É necessário algumas vezes, que saibamos compreender e contrariar nossa própria vontade. Dando para alguém o prazer e a oportunidade de receber um perdão. Poderá nunca adiantar, poderá sempre adiantar, ás vezes poderá sim ás vezes poderá não. Mas existiram mais mentes leves do que propícias a se engasgar e se perder perante as culpas e os sofrimentos de condenações dos verdadeiros bárbaros que não conhecem o dom do perdão.

Que possamos viver em uma grande harmonia, que, para aos malfeitores será o grande prazer em aniquilar qualquer relação social entre aqueles que vivem para o bem. Por ter em sua cachola, a negação, a culpa, o sofrimento e as mágoas e transtornos psicológicos; sentindo-se assim excluído de onde tem maior vontade de estar, que é entre aqueles que lhe poderiam proporcionar sorrisos, alegrias, reconhecimento de importância que geraria capacidade de reação, e conhecimentos que são além do dom do perdão.

Descobri que nada pode ser tão ruim quanto parece. E que a gente costuma ver nossos problemas como os piores grandes acontecimentos do mundo.
Mas não são.

As coisas são assim mesmo, ninguém faz nada igual a ninguém. Mas alguém pode fazer melhor. Alguém pode fazer diferente e tu vais gostar também. É seu dever gostar e aprender com aquilo que está frente aos teus olhos. Inveja não, fofoca não, aprender sim.
Elas vão aparecer para te ensinar, elas vão ir embora sem mais nem menos. E nós temos que absorver sem querer dominar ou alfinetar alguém por saber além do que sabemos.

Muitos dizem por aí - ou diziam - que sou frio por extrapolar nas palavras da racionalidade, invadir o mundo da razão e da compreensão da arte de ponderar o equilíbrio e a maturidade pessoal diante dos erros bobos que sei enxergar e negar a todo instante. De jeito nenhum, me tornei intolerante a pequenas crises de inveja ou falta de respeito. A dor é inevitável, mas o sofrimento é opcional. E leitores, nunca tive talento para auto-flagelação. Já tive meus sofrimentos, tive muitas decepções amorosas e grotescas brigas com meus melhores amigos. Eu já vi muita gente puxar o meu tapete, e tudo o que fiz foi avisar e avisar e avisar, e continuar avisando. Falei sempre aquilo que era verdade, sem querer o mal de ninguém, e jamais sem dar importância para um ser humano em fase de aprendizado. Fui por diversas vezes insultado. Fui travado por palavras de um verbo oculto, ameaçado por ter falado a verdade. Mas falei, e dei minha contribuição para aquele que ainda pode aprender. Se houve uma volta; se sim, se não, eu perdoei e perdoarei. Se eu convivi, mais uma vez, se não convivi, isso não importa.

Consegui perdoar, pois eu errei e erro diversas vezes, e aí? E aí eu corro atrás de um perdão, pois a melhor das coisas que aprendi com o perdão, é a do saber admitir os erros e ter a compreensão dos meus atos indignos e dos meus gestos ou palavras por muitas vezes malevolamente traiçoeiras e sem a minha percepção.

Sempre caberá a ti aceitar todos os dias algum abraço vazio de arrependimento ou um beijo amargo da indiferença. Isso é uma janela que se abre na cabeça daquele que pediu perdão e viu somente o vácuo dos dias mal vividos e das horas muito mal aproveitadas.

E daí que para essas horas de desassossego não resta mais nada se não se agarrar às certezas e aos desejos de que “da próxima vez vai ser diferente”, vai ser como queremos, ou bem próximo disso.

E não importa o tempo que isso pode levar, às mudanças sempre irão alcançar.

Entre os perdões, desapegos, sorrisos, filmes, textos, teatro, cinema, músicas, passado, presente e saudade, eu descobri que eu sou eu, e um pouco mais que isso.

Por isso eu escolhi e escolho perdoar.

sábado, 14 de janeiro de 2012

O silêncio dos sentimentos.


Levei anos incontáveis com minhas explosões sentimentais, que por fim não demonstravam nenhum controle nas suas ações. Mostrei a mim mesmo que não cabiam recursos possíveis para que eu não tivesse a necessidade de falar/demonstrar/querer/pedir ou desejar por algo. Assim me tornei e assim eu vivi até hoje, ou pelo menos até alguns dias atrás. A verdade é que descobri que sou diferente, eu mudei, e não sabia.

É bem difícil dizer isto, pois sempre pensei que nunca conseguiria fazer; ainda mais explicar justamente aquilo que eu tinha em minha cabeça como algo totalmente diferente.

Foi assim que hoje descobri que tenho a força suficiente para ponderar, manter a classe, estar ao lado da razão em momentos oportunos. Em alguns anos atrás eu despejaria as palavras sem pensar em nada; jogando assim os sentimentos ou mágoas para todos os lados; sem razão, sem pensar nas conseqüências, simplesmente sem saber o que estava acontecendo.

E hoje eu sei, sei que não devo, aliás, seria uma falta de respeito dizer sempre aquilo que se sente. Ouço conversas todos os dias, de muitas pessoas que motivam umas as outras a falarem, demonstrarem os sentimentos se assim se sentirem mais confortáveis e aliviadas.

Para todos, pelo menos para a grande maioria, existe essa necessidade de demonstração, dizer aquilo que lhe sufoca, por mais que saiba que isto lhe fará mal. Existe essa vontade imensa de tirar do peito aquilo que muitas vezes não se pode ter; desabafar para que ao menos não se sinta engasgado e deprimido com seus próprios sentimentos, ainda que exista uma grande intenção por trás de um simples desabafo ou comentário “não intencional”. Há um pequeno pingo de esperança.

Previsibilidade: é o que esperamos dos nossos sentimentos. Estamos errados porque não racionalizamos, nem mesmo pensamos em nós. Não sabemos realmente quem somos e cometemos algumas loucuras; como atos impulsivos e palavras usadas em diálogos benevolentes que nos envolvem a um ponto tão grande que não conseguimos mais sair. Perdemos o equilíbrio e entramos em uma estrada sem fim.

Assim não percebemos o quanto o “só acreditar” nos faz tão mal, o quanto o “somente querer sorrir”, às vezes nos traz mais tristezas e irracionalidades do que a própria dor.

Por este motivo que aprendi a não falar. Sinto saudade, sinto mágoas ás vezes, me sinto sufocado, vejo o que posso e o que não posso. Vejo que tenho muitos desejos e planos, algumas coisas acontecem, outras não. Alguns caminhos mudam de lugar, outros caminhos simplesmente aparecem sem que eu tenha planejado.

Porém aprendi a resistir a algumas tentações, ser forte o bastante pra manter a linha. Sei, e sei bem o que fazer. Tenho em mim a certeza de que faço o certo, por confraternizar meu respeito e minha maturidade com aqueles que me acolhem com grande importância.

Eu sofro sim, e dói muito. Eu queria dizer algumas coisas, mas sei que não devo. Simplesmente porque não podemos tudo, eu não posso tudo. Pelo menos não racionalmente.

Esse meu aprendizado não significa que as palavras que tenho aqui dentro da minha cabeça, que estão na ponta da minha língua, simplesmente sumiram. Eu só aprendi a ter autocontrole, e acredite, é muito difícil “fazer” isso acontecer; ao menos foi pra mim que sempre fui movido por sentimentos bons, dominado pela crença e pelas conquistas.


Vou explicar os motivos.

Algumas coisas são compatíveis somente com o tempo, e por alguma razão elas não nos deixam aprender no hoje, pois se fosse sempre fácil compreender tudo sempre, qual seria a finalidade de acordar todos os dias, não é mesmo?
Dessa forma eu guardo alguns apertos no peito, crio em mim um vinculo maior com meu pensamento, e continuo sempre agraciado com meu coração; puro e gigante, por me fazer acreditar e buscar o que considero importante pra mim.


Mas isso me consome muito, travar palavras e guardar alguns sentimentos. Não, eu não sou um poço de sentimentos ruins, nem mesmo estou explodindo por guardar isto tudo. Mas dou um passo de cada vez, aprendi hoje e não tenho essa necessidade de agir perfeitamente. Por isto escrevo, partilho com quem quer que seja esse fenômeno que é entender/assimilar/compreender e não ter o que fazer.

Tenho a esperança guardada no peito, a coragem e a bravura para ir atrás do que sei que quero. Tenho o medo e o equilíbrio, que me fazem fechar a boca e não dizer absolutamente nada. A maturidade me faz ver que estou certo. O coração está louco para que eu exalte e arranque de dentro de mim o que me deixa nervoso, aflito e por alguns momentos, angustiado.

Aprendi a caminhar com a mente, em um campo minado. Dou alguns passos certos, alguns passos errados; ás vezes caminho sem parar, ás vezes explodo com freqüência.
Nada que me leve à morte, pois caminho em um campo onde só existe o progresso e o aprendizado.

Mas o meu silêncio é a prova de que me sustento com tudo isso que tenho no coração. Compreendo o que sinto, e sinto o que compreendo. Quando for à hora de falar, ponderarei o possível para que haja todo um carinho e uma grande flexibilidade; pois o que guardamos é muito difícil de ser falado sem ser pensado. É muito grande a ponto de algumas vezes faltar coragem.

Mesmo assim, eu sei que aprendi, e quando for a hora, eu falarei. Enquanto isso...

...escrevo; para que entendas o tamanho e o significado de qualquer sentimento ou aprendizado.


"Manejar o silêncio, é mais difícil que manejar a palavra" ( Frase de autor desconhecido )

domingo, 8 de janeiro de 2012

Não basta somente acreditar.



Não bastaria somente a crença, a fé, a esperança para que consigamos sair do ponto de partida. Eu digo por mim, estou propenso a crença eterna. Não sei perder, nem descrer, acho que posso chamar isso de qualidade.

Fé que me faz caminhar, esperança que me faz levantar, crença que me faz agir.

Pego do fundo do coração a coragem para dar mais um passo, a força de vontade faz minhas pernas andarem em busca de algo que acredito. Tenho meus olhos para que eu veja para onde estou indo. Mas não, eu não sei para onde estou indo. Pois posso chegar, e quando chegar, eu vou dizer o que? Pensarei o que? Estarei no lugar onde quis sempre ir?

Eu penso que muitas pessoas absorvem e estimulam dentro de si uma grande obsessão pela crença. Fazem-se somente a viver de acordo com aquilo que seu cérebro lhe manda, não importando as situações e conseqüências ali presenciadas e vividas por qualquer ser humano vivente.

A crença nem sempre é o caminho da felicidade, da alegria e do sorriso...

Fim de amizades, manipulação, términos de casamentos ou namoros. Idéias atemporais e pré-moldadas, com o requisito e o propósito de um fim conquistável, mesmo que de uma maneira errada. É por isto que as pessoas se enganam, usam e têm pra si como significado de “Crença”, a bondade, o bem, a paz.

Não, a Crença não significa nada disso.. Ela nada mais é do que um desejo de conquistar, uma vontade grande de obter algo de muita ou pouca dificuldade, ela é viver confiante consigo mesmo, para que haja sempre força física e mental, para que possamos agir sem fazer mal a ninguém. Ela é a dona dos nossos passos, porém ela não é construída do nada, não contêm somente um elemento em sua estrutura, ela é montada por diversas categorias de importações, que são avaliadas de acordo com a grandeza daquele que a têm como estilo de vida, como bondade mental ou simplesmente como algum tipo de “necessidade” de “sugar a Deus”, e depois esquecer do seu devido valor. Crer e tirar vantagem são coisas bem diferentes.

Eu consigo acreditar que não vou morrer por um amor, não preciso me lamentar por uma ex-namorada que gostei muito e hoje se foi.

Eu também acredito que não me sentirei só por um amigo perdido, tenho a compreensão de que quem não foi leal a mim, não me fará falta. Eu não julgarei, mas eu ainda acredito que tudo mudará.

Se isso vai ou não mudar, não posso decidir e nem posso dizer, mas eu acredito. Eu acredito naquilo que faço, acredito fazer sempre a bondade diante daquilo que tenho como bem.

Gosto de citar a palavra “diretriz” em muito dos lugares que escrevo. Pois sigo esse tipo de diretriz em tudo que faço. Defino a diretriz como um englobamento de relações sociais humanas, que lidam com seus conflitos e laços existentes em sua totalidade. Pois eu acredito que haja possibilidades da melhora, seja ela pelo bem ou pelo mal. A intenção da bondade vem da crença, a crença essa que só serve para o bem, tem a minha definição de algo bom, e faz com que eu acredite nas minhas diretrizes, e ao fim de tudo acredite na minha própria crença.

O firmamento ao chão é crer no amor numa boa, e que isso valha para qualquer pessoa, e que isso signifique e demonstre o tamanho da força de cada coração, pois não há tempo que vá mudar ou substituir aquilo que o nosso coração acredita e sente todos os dias.

Por isso não basta somente acreditar, devemos ter conhecimentos naturais, vivermos as fatalidades, analisarmos com precisão as fatalidades da vida.

Julgaremos o que foi visto e logo após esqueceremos o julgamento, trocando-o pelo discernimento da compreensão fazendo com que tenhamos em nossa mente um infinito de informações e saberes, para que saibamos sempre, se podemos, e no que devemos acreditar.

Relembrando sempre, que todos nossos atos, crenças, palavras e atitudes, devem ser enaltecidas antes de tudo pelo “equilíbrio”, que é o que nos faz ter sempre dois lados de uma situação. Para que não haja um pensamento único e cego. Ele nos dá a possibilidade de enxergar as vantagens, os sorrisos e as alegrias. Ele nos dá a possibilidade de ver as conseqüências, sejam elas boas ou ruins, nos traz também ao lado negativo, para que saibamos que o ruim existe, que o erro é existente e é bem possível, e pode aparecer cedo ou tarde, naquilo que acreditamos, escolhemos ou simplesmente pensamos..

O equilíbrio nos traz o domínio da perseverança e das boas ações, ele é contemplado pela crença dos bons corações, e enraizado pela ternura e pelo apego da solidariedade

Isso te torna maduro o suficiente para que saibas escolher para que lado que irás caminhar e doutrinar sua crença.

Por isso não basta somente crer, não existe crer sem saber, sem querer, sem aprender, não se acredita simplesmente por querer acreditar, se acredita porque há um propósito na crença. Ela e como um controle remoto que a cada “click” te mostra um mundo diferente, uma nova visão, e uma certeza que existe um outro lugar, e um outro destino.

Que tu não se tornes apenas um crente mal acostumado, que não sejas somente um crente ofuscado pela soberania da crença pessoal e pelo medo de uma vida sem limites.

Mas que possas principalmente acreditar nas tuas próprias crenças. E fazer com que seus limites sejam além da capacidade de só acreditar. Mas que tenha a razão suficiente para compreender e se equilibrar diante dos seus maiores medos e crenças.

Mas ainda assim, aprender a acreditar.

sexta-feira, 6 de janeiro de 2012

Vomito as palavras, naquilo que não consigo dizer.



Aprendi assim a fazer as coisas, quando não sei escrever, eu estou vomitando as palavras. Isso aqui não é literatura clássica, não é crônica, não é artigo. Essas palavras são meus sentimentos, emoções, minhas dores, sofrimentos, meus choros, minha aflição e minha agonia.. Aquele gelado no peito e a sensação de explodir chorando, pedindo muito o abraço, o calor, o beijo e o sentimento de alguém...

E vomito sim, sem pensar apenas digo, apenas escrevo. Tenho esse sufoco interno que faz com que eu escreva, e escreva e mais uma vez escreva...

Eu quero dizer e não tenho coragem, descobri que por mais que eu queira tem pequenas coisas que hoje não conseguirei.

Porque não posso, não devo, eu não consigo.

E isso me machuca muito, porque eu queria conseguir, mas eu compreendo que as coisas são assim..

Eu jogo meus sentimentos, exalo o que me aperta, e trago para mim aquilo que quero, que é a motivação para sempre estar a frente dos problemas. Para combater, determinar e colocar ordenadamente nos seus respectivos lugares...

Mas eu amo e não sei dizer, eu quero e não sei dizer. Eu entendo e também não sei dizer. Sim eu também compreendo, e compreendo muito, mas também não sei dizer...

Eu choro ás vezes deitado a noite ou quando escrevo algo assim. Mas eu não sei dizer...

Eu te vejo, te imagino, queria a tua companhia, mas eu não sei pedir, eu não sei tentar, não sei largar essa covardia, porque eu aprendi a conquistar certas coisas, e hoje eu tenho medo de perder o que conquistei, mesmo não sendo aquilo que quero...

Algumas coisas eu ainda não aprendi, e eu sei disso, mesmo que veja, é difícil agir quando não se há experiência.

Mas eu não sei te dizer.

E é por não saber dizer, não saber o que fazer, que insistentemente eu tento escrever. É com o lado negativo que ás vezes nós aprendemos a seguir em frente.. E foi com esta palavra que tu me ensinaste, e me explicaste todo significado, que todo esse texto nasceu.

Da palavra "vomitar/vomitasse/vomitou" eu despejei aquilo que me ensinaste outro dia...

E sem pensar, sem colocar ordem nas coisas, que eu vomitei todas estas coisas.

Porque não sei pensar, nem dizer nem expressar isso de qualquer forma, sem sentir por dentro algo que eu também não sei dizer.