Pensei em como me controlar, pensei em como agir, pensei em
como fazer correto, pensei no que falar para que nada fosse pronunciado de
forma errada e contraditória. Pensei que deveria usar em excesso toda a minha
educação, pensei que pudesse ser possível falar sem pensar, pensei que pudesse
não pensar e logo agir para que fosse praticado o que tanto usei e uso na
teoria.
Pensei que deveria abraçar-te, beijar-te, olhei e vi a cena,
somente imaginei. Pensei em fazer-te um carinho, soprar-te o ouvido e chamar-te
de meu amor. Pensei em dizer sobre a saudade que senti nesse tempo, pensei em
dizer o que sinto agora em meio a este abraço, até que chegasse ao fim. Pensei em te chamar na rua, sair e deixar o
medo de lado e agir como um homem de verdade, usando totalmente a prática da
atitude e a agilidade rápida de locomover e transformar uma situação. Pensei tão somente que nada o fiz.
Eu pensei...
Tanto pensei e como penso, e ainda não sei dizer o que quero
dizer. É tão rebelde o sentimento que tenho, é tão intenso positivamente e me
deixa em êxtase total, que nem mesmo consigo derivar palavras que descrevam
qualquer sensação do que penso.
Tudo o que pensei e o que imaginei; tudo o que eu queria eu
não fiz. Eu me enchi de pensamentos, ouvi o medo e ao mesmo tempo ouvi a razão.
Por alguns momentos pensei e sempre penso que alguma força sobrenatural ou até
mesmo o senhor Jesus Cristo está me guiando. Eu nunca sei, realmente não sei se
perco ou se ganho com minhas decisões. Pelo menos não quando falo de amor.
Será que penso demais e deixo escapar algumas coisas pela
lentidão ou pelo medo? Ou será que faço o correto e a razão é quem domina
minhas ações e me faz acreditar que o justo e o correto são o tempo, a
persistência e a paciência da espera, para que o bem seja entregue a mim de
forma tão pura e concreta?
Justo eu, que sempre prezei pelo prazer e pela satisfação da
racionalidade, justo eu que sempre levei a ponto de faca a sensatez das
palavras bem elaboradas e do diálogo autêntico que já nem se encontra mais por
aí. Justo eu, hoje, não sei dizer se o
que fiz ou o que faço é racional ou emocional. E justo eu, não sei o que me guia.
Como medir o tamanho do que sinto e como medir o quão boas
ou ruins estão sendo minhas ações? Como
tirar essa incerteza de mim? Como me deixar aliviado e fazer com que eu esqueça
os meus anseios?
Será que estou pensando demais? Ou será que o sentimento
está se sobrepondo a minha própria razão, que ontem ainda era considerado o meu
domínio e a minha filosofia de vida na condição e nas minhas perspectivas de
futuro e crescimento diante da sabedoria e da dignidade que busco em mim no
dia-a-dia.
Deus sabe o que estou sentindo. Ele vê a verdade, ele vê os
medos, as angústias, as aflições, as forças, as batalhas diárias com tudo o que
vivo e convivo. Ele me mostra o quão grande e comprida é a batalha para uma
grande conquista. A conquista que constitui no seu interior; o valor, a honra,
a glória, a felicidade. O ardor e o suor de uma batalha é o que mostra o quão
difícil é vencer, o quão difícil é dar mais um passo, o quão difícil é não
desistir e não chorar, o quão difícil é prosseguir e ainda olhar pros lados
para ajudar seus irmãos, o quão difícil é ter força de vontade e coragem para
suprimir e matar no peito algumas barreiras, algumas dificuldades e algumas
derrotas que possamos vir a ter nessa tão difícil e dramática batalha.
Eu não quero que ninguém entenda, não quero que ninguém
compreenda. Mas se compreender, melhor. Se entender e for bom com as palavras,
por favor, me explique.
Parece piada ou pesadelo. Posso transformar um amor simples
e seguro em uma ruína e posso transformar o mesmo amor em um pesadelo sem saída
e totalmente confuso pelos meus milhões de pensamentos.
O que falta? O que não tenho agora e que me faz sentir no
peito o aperto do indecifrável? Sei que sinto saudade, mas eu penso que sempre
soube o significado de cada sentimento, mesmo que ainda não tenha sentido.
Entender o seu significado é sempre bom para que houvesse compreensão de meus
sentimentos e para que houvesse a compreensão do sentimento alheio.
O que me deixa intrigado é que o racional me manda mensagens
e perguntas que me deixam na dúvida quanto a essa definição e essa prática da
saudade. Realmente não posso dizer se já
senti alguma vez na vida saudade. Saudade de amor. Talvez isso nunca tenha
acontecido e talvez isso seja o motivo da minha insônia e da minha falta de
explicações para quaisquer que sejam as perguntas ou dúvidas internas.
A única certeza que tenho é que quando estou ao teu lado,
nada sinto. Não há medos, não há aflição nem qualquer derivado do ruim, do
triste e nem mesmo do errado. Não há qualquer tipo de sentimento que me deixe
para baixo.
A única certeza é a do sorriso, do conforto, da alegria, do
prazer, da satisfação e da proteção.
Talvez tenhamos tido pouco tempo ainda, para que fosse
jogado para fora todo o amor e o sentimento que está se acumulando dia após
dia.
Talvez a espera e o momento que sempre vibro em chegar, me
deixem em estado de transe a ponto de que eu não consiga agir por julgar de
forma ímpia e extremamente grande a importância do que esta frente a meus
olhos.
Não há medos ao teu lado, nem conflitos. Não há desespero,
nem devaneios do que pode dar errado. Não há coisas mal resolvidas.
Só há algumas palavras não ditas, alguns pensamentos que só
querem o benefício e o total prazer de amor e educação pela situação vivida e
desejada por mim, como de forma subliminar e extravagante, a ponto de não saber
dizer o que é o valor da concretização daquilo que está sendo criado ao teu
lado.
Existe o sólido, que me traz a segurança e deixa meu coração
leve e sereno; aliviado com tua presença, teu corpo físico e o teu todo, dos
pés a cabeça. Tuas palavras, tua educação, teus olhos, teu cabelo, teu sorriso,
tuas roupas, teus gestos, os teus olhares para todos os lados, tuas maneiras e
os teus valores. É tão grande o que és, é tão grande o que tens de especial e é
tão grande o que eu sinto; que essa combinação de fatores e meu amor por ti,
fazem com que eu utilize do supremo-respeito em todos os aspectos e use de
forma tão racional minhas palavras quando conseguem ser ditas e/ou escritas.
Longe de ti eu sinto isso, que nunca tinha sentido antes.
Talvez tenha descoberto, e talvez eu nem saiba ainda dizer se é bom ou ruim,
porque como disse, nunca senti antes.
Como todo racional, por amor e por certeza de um bom futuro
eu esperarei, assim, como sempre esperei todo este tempo, para que o tempo e o
meu crescimento me digam o que estou sentido agora.
O que será? Será mesmo que pensei demais enquanto estive ao
teu lado? Será pouco tempo para desafogar e explodir com os sentimentos que
aqui estão guardados. Dessa forma
aprendo, dessa forma tão paciente e duradoura eu te amei e senti tantas coisas
novas.
Mas pela 1º vez senti algo que ora é bom, ora é ruim. Ruim
pela distância, pois com a tua presença eu não sinto nada disto.
Eu só não sei o que é. Será amor, será saudade? Ou será que simplesmente penso demais?
Se souber, por favor, me diga.
Se souber, por favor, me diga.
LindOOoo amigo !!
ResponderExcluirParabéns ....
Saudade de amor para nós racionais é como fraqueza, sabemos que o amor é ser desapegado. Amor é como cigano, como circo, por hora está.. por hora some...
ResponderExcluirMesmo com toda a magia que possui, nossa cabeça racional sabe desvendar o amor, nossa racionalidade chega sim a este ponto, exato instante em que me enquadro..
Se queres uma explicação meu amigo lá vai...
Estas vivendo o amor! Por mais fortes, racionais e por mais vontade que temos de ocultar o amor, ele acontece nas horas em que mais queremos provar nossa racionalidade, ele sempre é mais forte, nos deixando desequilibrados, tontos, envergonhados e morrendo de saudade mesmo estando perto..
Aproveita esse momento, senti tudo que é pra sentir, porque daqui a pouco ele se vai, as vezes junto com ele vão-se as raízes e as vezes ficam florzinhas que conseguimos regar com carinho, respeito, intimidade, prazer e ela continua crescendo mesmo faltando o componente fundamental... não vais viver nesta incerteza, não é?
Aproveita tua saudade, saudade do teu amor, teu amor! É um lindo texto, parabéns! Beijo