quarta-feira, 27 de abril de 2011

infidelidade.


Cada casal possui uma espécie de contrato que rege o relacionamento. Esse contrato inclui um conjunto de expectativas de um parceiro em relação ao outro.
Mas isso, em geral, não é dito claramente - o homem supõe que a mulher conheça e entenda suas expectativas e vice-versa. "Somos fiéis enquanto aderimos ao mesmo projeto de vida e existe entre nós o pacto de acreditar nesse projeto", diz o psicólogo Alberto Lima.
Na maioria dos casais, a exclusividade amorosa e sexual costuma ser o pilar mais importante do contrato entre os parceiros. Quando ele desaba, o vínculo vem junto - e é difícil erguê-lo outra vez. "Quem trai, rompe a aliança estabelecida", acrescenta o psicólogo.
O que nem todo mundo percebe é que a traição é apenas o ponto culminante de uma situação em que o contrato amoroso já vinha sendo minado antes, às vezes por muito tempo, mesmo que os parceiros não tivessem consciência disso. O primeiro sinal são as mágoas que se acumulam em silêncio. Pouco a pouco, consolida-se em um parceiro ou em ambos a idéia de que o outro não corresponde aos seus anseios. A partir de um certo ponto, desiste-se de procurar uma solução dentro do próprio casal. A insatisfação abre espaço para que uma terceira pessoa entre em cena. O pacto se quebra, ainda que, na aparência, o casal permaneça como antes.

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